terça-feira, 10 de maio de 2022

Imagine Belieber *cap 151 *Fine?

Você me liga de novo, bêbado em sua Mercedes. Dirigindo para casa embriagado, você me matou de susto, mas estou falando tudo isso à toa, porque você só escuta seus malditos amigos. Eu não me identifico com você, eu não me identifico com você, não. Porque eu nunca me trataria tão mal, você me fez odiar esta cidade

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❑(Seu nome)❑⦆
On

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➥ 00:40AM
(Em casa)

    Meu inferno começou logo pela manhã, fui proibida de ver meus próprios filhos. Sou mãe de seis, e só posso ver dois. As vezes eu me culpava, as vezes eu o culpava, e eu sempre enlouquecia descontando nas coisas em que quebrava. O pior de tudo, é que os gêmeos são muito apegados a mim, e nem posso fazer chamada de vídeo para conversar com eles.

    Justin tentava resolver as coisas do lado dele, eu tentava resolver do meu lado, e ambos falhamos.

    Justamente por não aguentar mais, e também por ver meus sofrimento, que Pattie me deixou, escondido da lei, claro, ver meus pequenos por chamada de vídeo. Eu sorria, ouvia, ajudava na lição, mas não chorava na frente deles, nem mesmo por vídeo. Depois que desligava, caía em prantos. O que ainda me motiva é saber que estão bem com a avó deles.

    Julia frequenta o psicólogo terapêutico, Christopher a visitava e todo dia de terapia dela ele me contava cada detalhe que podia: "Ela está progredindo, tem comido bem e mesmo se sentindo culpado pelo afastamento, não quer se render tão fácil, disse que vai tentar falar com a juíza." Eu o dizia para sempre mantê-la de pé, mesmo se por acaso ela esteja insuportavelmente irritada.

    Drew mal tinha tempo para me ver, agora ele tem se dedicado aos seus filhos, sua família, mas quando me visita traz Drake e Drace. Vejo Grace também, mas não muito.

    Christopher mora com Justin, os gêmeos e Jolie com os avós, Julia em um internato e nos finais de semana vai para a casa de Jeremy, já Drew, não preciso nem dizer, já que ele tem sua casa e sua família.

    Eu fui a mais prejudicada, não tenho nada além de uma casa vazia com eco e quatro, cinco ou mais taças de vinho para me afogar, penso em como seria minha vida se eu não tivesse viajado para o Canadá. 

    Já não posso mais me lamentar, amo meus filhos, mas se jamais viesse, não teria ficado de coração partido pelo Justin, nem despedaçada pelo afastamento dos meus filhos. Parece que acabou para mim.

    Rolhas de várias garrafas de vinhos transbordava de uma vasilha de vidro enorme no centro da mesa. Eu ainda procurava por mais vinho e não achei. Minha taça estava vazia e eu precisava preencher, eu disquei o número dele, era para ser o entregador de bebidas, mas a voz no outro lado da linha me causou arrepios.

Justin: (Seu nome)? Aconteceu alguma coisa? (Eu estou bêbada demais, pois nem para acertar o maldito número eu servia)
Você: Você... (Comecei, eu realmente precisava dizer umas verdades) Aconteceu você. (Ele suspirou no outro lado da linha. Eu o imaginei fazendo isso) Justin... (Fiz uma pausa) Você sente falta dos nossos pequenos? (Ele demorou para o responder, mas resolveu responder)
Justin: Claro que sinto, é óbvio que sinto.
Você: Afinal, você é pai, não é mesmo? (Mais uma pausa vinda dele)
Justin: Sim, (Seu nome).
Você: Agora... Consegue imaginar o tamanho da falta que eu sinto dos meus filhos? Hã? Consegue ter noção do que é para uma mãe ficar longe dos  filhos que ela tanto ama, sem ter direito nem ao menos... (Eu fui interrompida por um soluço em meio às lágrimas)
Justin: Você bebeu? (Sua voz saiu em um sussurro triste)
Você: É claro que eu bebi! Seu idiota! Como acha que passo os dias sem ter a presença e o cheirinho dos meus bebês? Hã?!
Justin: Quer que eu vá até...
Você: Não quero você aqui! Porra! (Sentei no sofá passando a mão no rosto molhado)
Justin: Eu entendo que esteja sofrendo, eu também estou...
Você: VOCÊ NÃO ESTÁ SOFRENDO COMO EU ESTOU! SEU MERDA! Você só botou a porra do seu pau dentro de mim e gozou! Não fez mais nada! Eu carreguei dentro de mim, eu sofri as dores do parto, eu! Fui eu quem pariu seis crianças! SAIRAM DE DENTRO DE MIM! VOCÊ NÃO ME DIGA QUE SENTE A MESMA DOR QUE EU SINTO!!! (Joguei o celular contra a parede, e ele apagou na hora) VOCÊ NÃO SENTE O MESMO QUE EU SINTO!!! (Berrei mesmo sabendo que ele não iria me ouvir.)
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❑JUSTIN BIEBER❑⦆
On

╚══════ ∞ ══════╝
➥ 00:30PM
(Em casa)
    Christopher já havia ido para seu quarto, eu estava no meu quarto, tentando dormir. O dia inteiro tentei conciliar gerenciar as crianças com suas carreiras, tentando apagar esse incêndio todo, sem respingar polêmica neles, o que é praticamente impossível.

    Cedo demais para aparições, nenhum deles irão à algum evento ou algo parecido, entrevistas, redes sociais, tudo afastado por enquanto. Enquanto toda essa poeira está de pé.

    Tenho falado com eles, pois meu advogado conseguiu uma brecha, já que sou empresário, mas meus pais têm que estar presente durante toda a conversa, não só eles como também um assistente jurídico e isso é desconfortável. Não posso abraçar, nem tratá-los como filhos, apenas no profissional. Não sei se é pior do que não vê-los. Ver eles ali e não poder interagir como antes só me fez pensar que os tinham comigo e agora mesmo estando ali, não estão.

    Christopher é o único que traz as informações detalhadas das crianças, da Julia. Drew com sua família nem ao menos traz Drake e Drace, eu não entendi ainda, já tentei perguntar mas ele dá a desculpa de que: está sem tempo. Foge do assunto, diz que: melhor outro dia, Drake tem aula. Hoje não, Drake vai ficar com a Diana. Drace começou a escolinha, Drace está na casa de uma amiga da Grace, talvez amanhã. E muitas outras desculpas criativas mas esfarrapadas. 

    Eu penso que ele finalmente aprendeu a ser pai e agora está tentando proteger os filhos de qualquer outra dor.

    Eu tive que tomar remédio para dormir, e quando finalmente apaguei, minutos depois meu celular tocou. Tentei ignorar, mas a ansiedade estava a mil, então vi o nome da (Seu nome) piscar na tela e resolvi atender.

    A ouvi chorar, e ficar descontrolada, ela com certeza havia bebido, isso me magoou, se está sendo difícil para mim, imagina para ela que é mãe. Eu queria poder dizer que a dor que ela sente não é diferente da dor que eu sinto, mas ela mesma deixou bem claro que dói mais nela. Se eu preciso de remédio para dormir, ela precisa de bebida para não ter pesadelos.

    Depois que a chamada caiu, ou devo dizer, depois que ouvi o celular ser jogado com toda a força em algum lugar, fiquei mais preocupado ainda.

    Peguei a chave do carro e corri até o quarto do Christopher, ainda vestindo um casaco.

Justin: Christopher! (Invadi seu quarto. Ele sentou na cama assustado) Vou sair, mas vou te deixar meu celular. Se a sua mãe ligar, diz para ela que a ama e tenta manter uma conversa com ela! (Ele me olha sem entender nada, ainda sonolento)
Christopher: Por que não leva...
Justin; Ela não vai querer falar comigo, só me xingar e desligar, eu posso irrita-la mais. Só faça o que eu digo. (Peguei seu celular que estava em cima da cômoda) Você liga para o seu, caso ela desligue.
Christopher: Pai?
Justin: Eu volto logo. (Sai correndo)

    Durante todo o caminho, avancei dois sinais vermelhos, quase bati em um carro. Mas apesar de errado eu precisava chegar o quanto antes. (Seu nome) alugou um apartamento no Canadá, mas não perto da minha casa, ficava a quase uma hora, isso se eu fosse bem rápido. 

    Estava tão frio, mas tão nervoso que eu duvidei se era frio do tempo, pois mais parecia um sentimento de angústia. Tanto tempo com ela que eu a conhecia mais do que ela mesma. E só foi estacionar o carro em frente ao seu prédio que pude vê-lá discutindo com o porteiro. Ela falava algo sobre a chave do carro, enquanto o pobre do homem tentava explicar de que não fazia ideia de onde estava. Quando me viu saindo do carro, (Seu nome) veio para cima de mim com tudo. Deixando o porteiro assustado.

Você: O QUE FAZ AQUI! DESGRAÇADO?! (Ela berrava me batendo. Eu só tentava achar seus pulsos. Quando consegui eu os apertei) Me solta! Vou te arrebentar! CADÊ A CHAVE DO MEU CARRO HERNADEZ FILHO DA PUTA!!! (Ela do nada virou para o porteiro, que só negou com a cabeça assustado. Quando soltou se de mim, (Seu nome) cambaleou para traz bêbada, caindo no chão. Eu tive que a jogar no meu ombro e entrar no elevador com ela se debatendo)
Porteiro: Oitavo andar, apartamento 13! (Gritou o porteiro. E então eu apertei para o Oitavo andar)

    Só coloquei no chão para pegar em sua mão e abrir a porta com sua digital. Mesmo assim, (Seu nome) ainda berrava comigo.

Você: Você não presta! É um desgraçado! Eu odeio você! Eu te odeio! Eu quero que você morra! Não queria ter te conhecido! Nunca! Nunca mesmo! Nem mesmo ter te ouvido quando adolescente! Eu perdi meu tempo! Que merda, que merda eu fiz na minha vida! (Ela falava tão rápido, apontando o dedo na minha cara. Não entendia nada, mas pelo cheiro forte de vinho barato, o cabelo bagunçado e os olhos vermelhos repletos de lágrimas, pude ter certeza de que ela estava furiosa e triste ao mesmo tempo)
Justin: Eu sei. (Foi tudo o que pude dizer. Então a peguei nos braços e a levei para o banheiro, mesmo ela reclamando em português)
Você: Eu quero voltar, quero ir para casa, quero morrer em casa, Justin. Não quero mais ficar aqui, eu não aguento mais sofrer nesse país de merda. (Ela chorava debaixo do chuveiro. Eu só tentava a manter ali. Ela tentou sair da água fria, mas eu a abracei e participei daquele banho) Você me entende? (Ela falou novamente. Depois me abraçou)

    Ficamos abraçados tremendo de frio, até eu deixar a água quente novamente. Eu a sentei em meu colo, na banheira, ainda de roupa, mas ao menos com a água quente. Ela estava em meus braços, com a cabeça pousada em meu ombro.

    Tenho certeza que depois ela irá se arrepender, mas por enquanto ela parecia tão inofensiva e frágil, tão precisada do meu abraço, de mim ali para ela, que meu egoísmo falou alto dizendo que: é tão bom a ter ali para mim. Não sei se vai durar muito, se depois ela vai querer novamente minha presença, mas por enquanto eu me senti confortado por ela e eu sei que ela estava sendo confortada por mim.
(...)
    Dito e feito, no dia seguinte, pela manhã, ela acordou em meus braços na cama, quase surtou, se não fosse a enxaqueca da bebida, (Seu nome) teria me esmurrado. Na noite anterior eu a dei banho de água fria, depois ficamos na banheira, então logo após ela adormeceu, eu tive que tirar sua roupa e vestir algo simples e folgado. Deitamos e dormimos abraçados. Eu só estava de cueca, mesmo depois de espremida, ela estava molhada, o restante da minha roupa na secadora.
    Nada aconteceu, mas (seu nome) estava furiosa me mandando ir embora. Talvez seja porque ela me culpa pelo o que aconteceu com nossos filhos. Na verdade, ninguém me culpa mais do que eu mesmo.
     Me vesti e fui embora. Quando cheguei em casa, tomei um rápido banho e fui para o escritório do meu advogado. Essa tem sido minha rotina, todos os dias ir até o escritório do meu advogado, saber notícias, ou na expectativa de uma boa notícia, e sempre receber o mesmo de que: ainda está em análise. Tanto para mim quanto para (Seu nome).
Mas hoje foi diferente, ele estava sorrindo, eu esperava por algo de bom. Como sempre.

Dr. Jordan: Esperando uma boa notícia Bieber? (Ele perguntou mostrando o assento à sua frente, pedindo para que eu sentasse, e assim fiz, sentei em frete a sua mesa de madeira rústica, olhando a pilha de papéis que hoje parecia ser maior)
Justin: Temos boas notícias? (Perguntei curioso, mas esperançoso)
Dr. Jordan: Bom, me diga você. (Ele sentou me entregando seu tablet. Eu olhei a manchete com um destaque enorme acima de uma foto minha com a (Seu nome). "Possível volta", dizia em negrito a notícia)
Justin: Isso foi em frente ao apartamento da (Seu nome), ela estava bêbada e descontrolada, mas nessas fotos ela parece só nervosa com algo. Eu não estou entendendo, o que isso ajuda no meu processo? (Perguntei confuso, mas ainda lendo a notícia)
Dr. Jordan: Ajuda que a Juíza acha que vocês estão se reconciliando, ela me ligou pela manhã perguntando sobre, eu disse que conversaria com você. Ela deixou um pouco explícito que se por acaso houvesse uma volta... (Eu o olhei surpreso. (Seu nome) parece bem convencida de que quer o divórcio, como eu poderia fazer com que ela desista? Seria praticamente impossível. Bom, praticamente impossível, não totalmente)
Justin: Então eu...
Dr. Jordan: Então vocês, no caso. (Ele pegou seu tablet de volta) No mínimo uma reconciliação significa um relacionamento estável e maduro de ambas partes, mostra que estão dispostos a conviver bem, pelo bem das crianças. (Eu suspirei, buscando respostas para o que ele queria saber) Justin, só preciso que você diga que: há uma chance disso acontecer, ainda que pequena, mas uma chance, da (Seu nome) ao menos imaginar em voltar a ter um contato com você, somente isso. Vocês dois juntos, é tudo o que a juíza quer para repensar na guarda dos seus filhos.
Justin: Eu entendi! Mas ontem eu só fui até a casa dela porque ela me ligou bêbada desesperada! (Ele bateu na mesa animado)
Dr. Jordan: Isso é ótimo! (O olhei sério, ele balança as mãos no ar) Não! Não! Não me entenda mal, eu quis dizer que se ela te procurou, mesmo estando fora de si, isso quer dizer que ela ainda pensa em você. Você a conhece bem, não sa conhece? (Balancei a cabeça, um pouco duvidoso disso) Conversa com ela, se faz de vítima arrependida, mulher adora quando o homem reconhece um erro, mesmo não estando errado. (Eu revirei os olhos)
Justin: Aí que está, ela não é idiota! Ela é brasileira, tem a fama de serem desconfiados para qualquer coisa. (Ele negou com a cabeça)
Dr. Jordan: Eu duvido! Ao menos tente, Bieber. Eu nunca perdi um caso em 10 anos bem sucedidos em toda a minha carreira. Eu não vou perder esse, ainda mais sendo público. Você precisa convencê-la, não é difícil, afinal, aposto que ela ainda é louquinha por você, se não, ela não teria te ligado.
Ele não conhecia a (Seu nome), mas tinha razão em relação em que se ela e eu tiver uma volta, a juíza poderia até pensar em nos devolver a guarda das crianças. O difícil mesmo será convencer a (Seu nome), mesmo que eu diga sobre essa possibilidade, ela não vai querer fazer esse jogo, eu a conheço bem e sei que ela não aceitaria. Como vou conseguir me aproximar dela novamente, como ontem?
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⦅❑JULIA BIEBER❑⦆

On


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12:10PM
(Stanford Summer Session high school)
Sempre estudei em casa, agora sou obrigada a ter que estudar em um colégio interno, porque a justiça acredita que isso que me fez surtar: a falta de socialização escolar. O que não tem cabimento algum. Isso só piora minha situação, essas meninas me odeiam e os meninos da escola ao lado não param de me provocar tirando fotos minha andando pelo jardim da escola. Eu não conheço ninguém aqui, e infelizmente todos me conhecem como "a louca que incendiou o próprio quarto".
O único motivo pelo o qual eu me mantenho, é por ter forças quando recebo visitas. Hoje inclusive, tenho visita do Nash, a coordenadora da escola me deixou sair para tomar um sorvete com ele. Mas eu não estava interessada no sorvete, e sim em saber como está a situação da tutela. Quero sair daqui o quanto antes. Eles não me deixam em paz um só segundo, nem posso ter meu celular em mãos sem que esteja na presença deles, isso me irrita.
Nash: Como você tem sido as aulas? (Ele sentou na minha frente, me dando uma tigela de sorvete, eu peguei de sua mão, mas não interessada em provar)
Julia: Eu não quero falar sobre a escola, quero saber como anda o processo. Eu quero sair daqui. (Minha voz saiu embargada)
Nash: Ah, Julia, não é tão rápido, você sabe disso. E outra, sei tanto quanto você. 
Julia: Você tem Internet 24 horas por dia, então sabe mais do que eu. (Ele tomou uma colher olhando para o nada) Fala, por favor. Você é o único que pode dizer a verdade enquanto todos omitem qualquer informação. (Ele me olhou por um breve momento, depois desviou seus olhos dos meus) Me dê seu celular, preciso pesquisar algo... (Pus minhas mãos em seus bolsos)
Nash: Para com isso! (Ele segurou minhas mãos, me fazendo parar, então me encarou nos olhos, e eu me afastei do seu toque) Acha mesmo que eles seriam burros? Meu celular está na direção da escola, não posso te passar nada de informação externa, Julia. Vê se relaxa um pouco. Estou aqui para te ver, para saber como você está. (Eu fiquei de pé, tendo em vista que ele não iria me ajudar com nada)
Julia: Quer saber como eu estou? (Fiz um coque no topo da cabeça, depois passei as costas das mãos no nariz. O tempo frio do Canadá tem me deixado corisando) Estou bem, estou ótima! As meninas da escola me odeia, acham que sou uma patricinha mimada, que está de férias nesse inferno. Os meninos parecem que ainda estão entrando na puberdade, porque não param de assobiar e tirar fotos minhas. Eu mal estou saindo do meu quarto, e quando saio é só porque a insuportável da minha colega de quarto fica teclando no computador antigo, me dando dores de cabeça com aquele "tec! Tec! Tec!" (Eu dedilei no ar simulando a minha colega de quarto no computador, até fiz careta para ele ter certeza de que eu estava irritada. O dei as costas e saí andando. Nash foi atrás de mim, e eu nem sei se ele pagou o sorvete, provavelmente antes de sair da mesa. Depois que me alcançou ele pegou no meu pulso, me puxando)
Nash: Espera...
Julia: Não! (Puxei de volta. Me virei para ele) Eu estou cansada. Quero ir para casa, quero meus pais juntos novamente, quero que volte a ser como éramos antes. Isso tudo parece ser algum tipo de punição, e eu nem sei pelo o que estou pagando. Sim! Ok! Eu surtei, já pedi desculpas. (Abri os braços olhando para cima) O que mais querem de mim?! (E então parecendo ser uma resposta, começou a chover. Olhei para Nash, e comecei a chorar)
Nash: Oh, não. Por favor, não chora. É só a chuva. (Ele me abraçou, mesmo nos molhando na chuva)
Me sentia triste e ridícula naquele estado, mas o que podia piorar? Afinal, a chuva era o de menos por tudo o que eu estava passando.

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⦅❑(Seu nome)❑⦆

On


╚══════ ∞ ══════╝
Dias depois...
➥ 12:10PM
Evitava até mesmo minha própria sombra, depois que vi Justin deitado ao meu lado há alguns dias atrás, quase tive um ataque do coração, meu peito parecia estar sendo surrado só de o olhar ali, só de sentir seu cheiro, todo o meu ódio se foi e me peguei suspirando encantada novamente, por breves segundos isso me aconteceu. Logo depois eu acordei de verdade e o expulsei, antes que tivesse deixado meu coração falar mais alto que minha razão. Ele até que não lutou, não que eu quisesse, eu não queria.
Acho.
Depois disso, qualquer homem que batesse na minha porta eu expulsava. Qualquer homem que não fosse meus filhos, obviamente.
E eu achava mesmo que estaria livre de qualquer um, depois dos foras e "nãos" que dei. Mas aí minha campainha tocou, justamente na hora do meu vinho. Na verdade, ultimamente todas as horas tem sido a hora do vinho. Eu enchi a taça, tomando logo um grande gole. Fui em direção a porta com o vinho em mão. Abri vendo Justin ali, parado, com uma bolsa. Eu revirei os olhos e tentei fechar a porta na sua cara, mas ele pôs o pé. 
Justin: Podemos conversar? (Era óbvio, muito até)
Você: Não! Filho da puta! Some daqui! (E ultimamente tenho sido mais áspera e agressiva, não só verbalmente, mas fisicamente também. Era a única forma deles entenderem que a presença de qualquer homem na minha vida, neste momento, me deixa fraca e vulnerável a ponto de explodir de raiva)
Justin: Eu serei breve, por favor. (Eu o deixei passar. Tomei o restante do vinho, gole por grande gole)
Você: O que é isso? (Apontei para a sacola de papel em suas mãos)
Justin: Aperitivos que acompanham bem com vinho. (Neguei com a cabeça)
Você: Não vou beber com você, se é o que está pensando. (Ele sorriu. Desgraçado do sorriso perfeito)
Justin: Não estou podendo beber. Eu trouxe para você. Quero conversar com você, (Seu nome). Enquanto isso, você pode ficar a vontade com seu vinho e o que eu trouxe.
Você: Sei... E se tiver veneno nessa gororoba? (Ele revirou os olhos)
Justin: Por Deus, não chegaria a esse ponto.
Você: Não quero que se aproveite de mim, só porque estou bêbada. (Disse pegando minha garrafa de vinho)
Justin: Não vou. Mas se preferir, vamos a lugar público. Que tal na praia, fica há 15 minutos de carro. Não vou beber, só quero conversar, de verdade. O que me diz?
Você: Bom... (Pensei um pouco) Qual o assunto?
Justin: Nossos filhos.
Você: Meus! (Ele deixou a bolsa na poltrona)
Justin: Você não os fez sozinha.
Você: Eu pari sozinha. 
Justin: Você sabe que isso não é verdade, (Seu nome). Vamos, lá. (Sorri forçada para ele)
Você: Qualquer gracinha eu te mato. (Passei por ele)
Vantagem de morar perto da praia: Você pode ir a praia para curtir. Desvantagem: Você pode ficar tão bêbada que pode se afogar no mar. Mas esses tempos, eu só tenho estado bêbada e triste em casa.
Justin parou em um estacionamento próximo, saiu do carro com a sacola em mãos, e eu apenas o segui até a praia. Pensei que ficaria na areia, mas nós subimos algo que parecia uma rocha gigantesca. Se viemos a praia, eu ao menos queria molhar os pés na água. De lá de cima pude ver o lugar movimentado, até. Puxei o capuz do moletom, assim como Justin fez com o dele, mesmo estando um clima bom para ficar de regata. Olhei para baixo, vendo crianças brincando com seus pais, isso me deixou tão mal que me arrependi de ter saído de casa, então virei para o Bieber, de braços cruzados.
Você: Por que merda me trouxe aqui? (Perguntei indignada. Ele sentou na rocha, deixou a sacola de lado e bateu no chão, pedindo para que eu sentasse. Mesmo em negação, eu sentei ao seu lado. Ele olhou para um lugar fixo, e assim ficou, parado, olhando) Por que viemos? (Insisti. Justin apontou com o nariz)
Justin: Por coincidência. (Olhei para onde ele estava olhando. Quase derreti. Meu peito apertou e mesmo estando de longe, o cheiro da água salgada se transformou em cheiro dos meus pequenos, que brincavam na areia, fazendo castelos com baldes. Pattie ajudava a pegar mais areia, enquanto Jeremy tentava convencer Jackson a entrar na água) Faria de tudo, se pudesse ter a chance de conseguir a guarda dos nossos pequenos?
Você: Justin... (Minha voz saiu falha, eu ainda os olhava, querendo tanto estar ali com eles. Fiquei de pé, Justin fez o mesmo. Eu tentei me mover, mas ele me segurou)
Justin: Não! Estamos proibidos, lembra? (Eu me virei para ele)
Você: Só um pouco! Só um pouco mais perto. (Eu pedi desesperada. Ele abaixou o capuz, fez o mesmo com o meu. Me virou de volta para observar as crianças)
Justin: Tenha controle. Só de estar no mesmo lugar, estamos correndo perigo de descomprimir uma ordem judicial. Estamos há um pouco mais de cem metros. (Eu me sentei. Senti o calor do meu corpo assim que Jackson abraçou Jeremy, com medo da água do mar. Tirei meu casaco, me sentei em cima dele e ali fiquei, observando)
Você: O que quis dizer com "faria de tudo"? (Perguntei olhando para as crianças. Jolie tirava fotos fazendo biquinhos)
Justin: Uma curiosidade. 
Você: A resposta não é óbvia? Estamos aqui. Isso para mim já é fazer de tudo.
Justin: Bom. (Ele levantou, depois estendeu a mão para mim, eu me levantei sem entender) Precisamos ir. (Neguei com a cabeça, voltei a olhar para o local, Pattie já guardava as coisas nas bolsas, Jeremy desarma o guarda-sol)
Você: Não! Tão rápido. Eu acabei de chegar. (Dei três passos para frente. Justin me segurou pela cintura) Me deixa! Estão indo embora. JOLIE! LANA! JACK! A MAMÃE ESTÁ AQUI! (O barulho do mar e das pessoas impedia que eles escutasse. Lana chegou a olhar para os lados, mas depois seguiu ajudando Pattie a guardar os brinquedos) Não! Justin! (Ele tampa minha boca, enquanto eu me debatia em lágrimas. Só parei quando os perdi de vista, então ele liberou minha boca) Não é justo, Justin. São meus filhos. (Me virei para ele, também o vendo deixar suas lágrimas escaparem)
Justin: Eu sinto muito. (Ele se aproximou, perto até demais. Me puxou pela cintura, eu apoiei meus braços em seu ombros. Por breves segundos o olhava nos olhos, ele foi se aproximando e quando achou que poderia me beijar eu afastei minha boca, ainda encarando seus olhos. O pior de tudo é que eu queria aquilo, naquele momento, mais que tudo. Então eu o beijei.)


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Continua...

Primeiro que é possível que tenham MUITÍSSIMO furo de roteiro, porque eu não vou me lembrar de exatamente tudo. Só preciso que tenham paciência e que, por favor, me ajudem a lembrar de muitas coisas para eu dar o fechamento dessa história.








5 comentários:

  1. Continuaaaa, estou ansiosa para ver o desfecho da história!!! ❤️

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  2. Esperando a continuação

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  3. você consegue! Continuaaaa estou ansiosa pelo desfecho!

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  4. Saudades daqui, leio desde 2015. Ontem lembrei da minha época fanfiqueira e vim dar uma olhada. Vi que vc postou dois capítulos desde o último eu li. Já li no caminho do trabalho de hj, agr tenho 22 anos mas foi ótimo voltar no tempo e ver essa história que leio desde os 15, espero que vc esteja bem e que consiga um dia finalizar essa história 😘🥰

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